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Política 1s44k

Por que Dilma foi presa e torturada? Entenda do que Dilma foi anistiada 3c1w4h

Ex-presidente integrava grupo de 'subversivos' - como a ditadura chamava quem era contra o regime autoritário - e ficou presa por 2 anos 4t1n3

22 mai 2025 - 15h57
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Resumo
Dilma Rousseff, presa e torturada durante a ditadura militar por oposição ao regime, teve sua anistia reconhecida em 22 de maio de 2025, mais de 50 anos após sua captura.
Dilma Rousseff foi presa e torturada pela ditadura militar
Dilma Rousseff foi presa e torturada pela ditadura militar
Foto: Reprodução

A ex-presidente Dilma Rousseff teve concedida sua anistia, nesta segunda-feira, 22, pela Comissão da Anistia da Ditadura Militar. A economista foi presa durante o regime militar pelo crime de ‘subversão’. Ela integrava um grupo de esquerda que se opunha contra a repressão da época.  71p1i

Quando a ditadura foi instaurada no Brasil (1964-85), Dilma entrou para a militância e participou de vários grupos considerados de esquerda que eram contra a repressão. De acordo com o portal Memórias da Ditadura, em 1969, ela foi obrigada a abandonar o curso de Economia na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e ou a viver na clandestinidade.

No ano seguinte, a ex-ministra foi capturada pelos militares, quando tinha 22 anos. Durante a prisão, foi submetida a várias sessões de turtura em São Paulo (Oban e DOPS), no Rio de Janeiro e em Minas Gerais. 

Ela foi colocada no pau de arara, recebeu choques, socos, palmatória e todas as agressões culminaram em um problema em sua arcada dentária. A justificativa dos militares era de ela integrava a luta armada, o que sempre foi negado pela economista, e que sabia sobre os planos dos subversivos. 

Condenação 4f5p1d

A ex-presidente foi condenada a seis anos e um mês de prisão, além de ter os direitos políticos cassados por dez anos. No entanto, o Superior Tribunal Militar (STM) reduziu a pena, a colocando em liberdade no final de 1972. 

Dilma Rousseff era considerada 'subversiva' por integram grupos que era contra o regime
Dilma Rousseff era considerada 'subversiva' por integram grupos que era contra o regime
Foto: Reprodução

Pedido de anistia foi feito há 23 anos 4r451c

Em 2002, 30 anos após sua captura, Dilma protocolou um requerimento de anistia, mas ficou suspenso entre 2003 e 2016, enquanto ela foi ministra de Estado e presidente da República.

Em 2022, a ministra do governo Bolsonaro, Damares Alves, negou o pedido. Dilma recorreu no ano seguinte e, depois de mais de 53 anos, foi reconhecida como anistiada.

O que significa anistia 3y2y67

A Lei da Anistia (6.683/1979) foi assinada em 28 de agosto de 1979 pelo então presidente João Baptista Figueiredo, concedendo o perdão aos perseguidos políticos, os chamados subversivos. 

O dispositivo aprovado pelo Congresso da época e que “pavimentou” a redemocratização do país “perdoava” todos os crimes políticos cometidos contra o governo militar. Ele foi concedido a todos aqueles que, entre 2 de setembro de 1961 e 15 de agosto de 1979:

  • foram perseguidos pelo regime;
  • que se opam à ditadura;
  • exilados e banidos pelo governo militar;
  • réus que tinham processos nos tribunais militares. 

Já a Comissão da Anistia – que julgou o caso de Dilma –, foi criada pela Lei nº 10.559/2002, e está ligada diretamente ao Ministério de Estado dos Direitos Humanos e da Cidadania. Ela tem como finalidade analisar os requerimentos de anistia que tenham “comprovação inequívoca dos fatos relativos à perseguição sofrida, de caráter exclusivamente política”. 

De acordo com o Estadão, com a Lei da Anistia, até dezembro do ano ado, 4.514 membros das Forças Armadas foram contemplados, ou seja, até os militares acusados de crimes durante a ditadura tiveram o perdão concedido. 

Julgamento de impeachment Rousseff no Senado foi comparado a seu julgamento durante a ditadura militar, imortalizado por foto
Julgamento de impeachment Rousseff no Senado foi comparado a seu julgamento durante a ditadura militar, imortalizado por foto
Foto: Lula Marques/ Agência PT

Indenização 323f1q

Aqueles que foram perseguidos pela ditadura podem ter direito a uma indenização. A Justiça Federal do Distrito Federal já havia reconhecido formalmente a perseguição política que Dilma sofreu, em fevereiro de 2023. Na ocasião, foi determinado o pagamento de uma indenização de R$ 400 mil, em parcela única, a título de danos morais.

No entanto, o órgão oficial responsável pela política de reparação é a Comissão da Anistia, portanto, o caso deveria ar por lá. Durante a sessão, a presidente do colegiado, afirmou que o caso de Dilma é “simbólico” e declarou que a decisão ajuda no fortalecimento dos  debates sobre justiça, memória e verdade no Brasil. 

A indenização de R$ 100 mil é o teto estipulado pela comissão. O valor deverá ser pago em parcela única ou em até R$ 2 mil mensais, conforme as regras aprovadas em 2023. 

Fonte: Redação Terra
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