Marido desabafa sobre vício em jogos de doméstica que estava desaparecida: 'Estão acabando com vidas' 576kz
Gisele Heloísa Alves Silva, de 29 anos, desapareceu por quatro dias após simular pane no carro e foi encontrada a caminho do Tocantins 4p366l
Mulher desapareceu em Goiás ao fugir de dívidas causadas por vício em jogos virtuais, simulou pane no carro e foi encontrada em caminhão a caminho do Tocantins; marido desabafa sobre o impacto na família.
A aposta em jogos virtuais virou um vício, o vício gerou dívidas, e as dívidas acabaram com a família dela. Essa é a narrativa que ficou para o motorista Luan Lucas Moura, marido da empregada doméstica Gisele Heloísa Alves Silva, de 29 anos, que desapareceu em Goianira, na Região Metropolitana de Goiânia, e foi encontrada quatro dias depois em Itumbiara, no sul de Goiás, dentro do compartimento de um caminhão. 4h6kz
"Eu vivi 10 anos com ela. Não pensei que era capaz. Ela estava jogando escondido. Descobri movimentações financeiras depois de que ela sumiu. Aí eu entendi, fui juntando as peças. Eu não acredito que perdi minha família por causa desses jogos, não. Agora acabou. Como eu vou ter confiança?", desabafou Luan, em entrevista ao jornal O Popular.
Receba as principais notícias direto no WhatsApp! Inscreva-se no canal do Terra
"Tive que falar para nossa filha de 6 anos que a mamãe e o papai separaram e ela foi para outra cidade e está sem telefone. Infelizmente esses jogos estão acabando com vidas."
O caso chamou atenção pela forma como Gisele encenou a própria rotina antes de desaparecer. No dia 6 de março, ela saiu de casa por volta das 8h30, dizendo que seguiria para o trabalho no Setor Alto do Vale, em Goiânia. Informou aos patrões que chegaria mais tarde, alegando que faria uma extração de dente do siso.
Antes de desaparecer, enviou ao marido um vídeo em que dizia que o carro havia ficado sem combustível a caminho do trabalho, mostrou onde o deixou e afirmou que pegaria uma corrida por aplicativo para seguir.
"Fui lá buscar o carro, mandei mensagem para ela, e ela nada, não me respondeu. Liguei e deu caixa postal. Falei 'tem alguma coisa errada'. Fui tentar falar com os patrões dela, não tinha um número, só consegui falar pelo Instagram, depois das 15h", relatou Luan.
A Polícia Civil afirma que Gisele saiu de forma voluntária. Ela pegou um ônibus até São Paulo, onde conheceu um caminhoneiro, e conseguiu uma carona até Palmas, no Tocantins. O caminhão foi interceptado em Itumbiara, com apoio do Comando de Policiamento Especializado (E).
No momento do reencontro com os policiais, Gisele estava com outro chip telefônico, mas o celular original seguia em funcionando e ela ava redes sociais normalmente.
A delegada Carla do Bem afirma que o pane no carro foi premeditado e nunca houve consulta com dentista. "Ela alega que estava muito endividada, já há alguns meses, e começou a ficar sem saber o que fazer, para onde correr. Chegou a fazer dívida com o próprio marido e, sem condições de pagar, ficou desesperada e decidiu sair de Goiás."
O Terra buscou o Luan, que se recusou a se manifestar sobre o caso.