Dia das Mães: 11 milhões de mulheres criam os filhos sozinhas 6y2i17
Neste domingo (11) em que se comemora o Dia das Mães, um dado estarrecedor: No Brasil, 11 milhões de mulheres criam sozinhas os filhos. É o que mostra apontou pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV), referente a 2022. 4h1f3k
Janaína*, nome fictício da jovem de 26 anos ouvida pela Agência Brasil, tem um filho de cinco anos. Segundo ela, o pai da criança sequer compartilha cuidados nem os custos básicos da criança. Portento, cabe a ela o sustento, apoio emocional, presença constante, mesmo com uma jornada de trabalho de 12 horas por dia. "Acredito que os melhores momentos que eu tenho é quando chega o final de semana e, como eu consigo me organizar melhor, saio com ele pra ear. É um dos momentos em que a gente consegue se distanciar um pouco da nossa rotina da semana, que é muita correria", confessa.
Portanto, para ela, o desafio é não ar para o filho o estresse que a sem o genitor. "Por mais que seja um pouco estressante [no dia a dia], sempre tento não incluir ele nesse estresse que eu carrego sozinha", acrescentou.
Quando precisa de algum e de emergência, como uma ida ao médico por algum machucado na escola, por exemplo, recorre à mãe, que também trabalha:
"Quando eu preciso resolver qualquer coisa, é a minha mãe sempre que está ali pra me ajudar. De vez em quando, eu peço pro pai, mas sempre acabo não tendo resultado, nem força, nem ajuda, nem nada. Acaba que ele diz 'não posso, não dá, por que você não avisou antes?'. Sendo que, às vezes, as coisas acontecem assim de imprevisto, e a pessoa não se importa em querer ajudar", disse.
Dia das Mães: quando a responsabilidade é toda delas e a Justiça falha 6w3s3e
Geralmente, o processo na Justiça por pensão alimentícia e guarda unilateral, por meio da Defensoria Pública do estado de São Paulo, demora. "O que falta nas políticas públicas é o reconhecimento. Essas mulheres sustentam sozinhas seus lares, educam, trabalham, e ainda enfrentam preconceitos e violências. É preciso olhar para elas com respeito, garantindo proteção social, dignidade e oportunidades reais", afirma a advogada Sueli Amoedo, especialista em políticas públicas para mulheres, em entrevista à Agência Brasil.
Por fim, segundo a especialista, existe outro entrave: o o desigual à Justiça. "Em muitos municípios brasileiros não há Defensoria Pública. Assim, a alternativa, que seria a assistência judiciária municipal, costuma operar em condições precárias", conclui Sueli.