Em prisão domiciliar, Collor vai ficar em duplex à beira-mar de 600m² na orla alagoana 1a5k35
Ex-presidente estava preso em presídio em Maceió desde o último dia 25 e, na quinta-feira, 1º, recebeu autorização para cumprir pena em casa 5d313w
O ex-presidente Fernando Collor vai ficar preso em prisão domiciliar numa cobertura duplex à beira-mar na orla alagoana, no bairro da Jatiúca, na região da praia de Ponta Verde. Ele estava preso no presídio Baldomero Cavalcanti de Oliveira, em Maceió, desde o último dia 25 e, na quinta-feira, 1º, recebeu autorização para cumprir pena em casa. 1u2c27
Na declaração de bens feita à Justiça Eleitoral, em 2018, Collor informou que o apartamento valia R$ 1,8 milhão. Já nas eleições seguintes, em 2022, quando foi candidato a governador de Alagoas, o ex-presidente omitiu o imóvel na prestação de contas entregue.
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Em novembro de 2024, o portal UOL mostrou que a Justiça do Trabalho determinou a penhora do apartamento para pagamento de uma dívida trabalhista de R$ 264 mil com um ex-funcionário de uma empresa da família da qual Collor é sócio. Na ocasião, o imóvel foi avaliado pela Justiça em R$ 9 milhões.
Segundo avaliação judicial, o apartamento, de 600 m² de área privativa, inclui cinco quartos, piscina, bar e cinco vagas de garagem. A cobertura era usada como residência oficial de Collor e sua família, além de constar como endereço para notificações judiciais.
Por que Collor vai ficar em prisão domiciliar? 1ja4j
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou que Collor cumpra prisão domiciliar devido à sua idade (75 anos) e à sua condição de saúde. Segundo a defesa de Collor, ele tem a doença de Parkinson, apneia do sono grave e transtorno afetivo bipolar.
Collor terá de usar tornozeleira eletrônica, terá seu aporte suspenso e está proibido de receber visitas. As únicas pessoas autorizadas a visita-lo são seus advogados, equipe médica, familiares e pessoas previamente autorizadas pelo STF.
Collor foi condenado a oito anos e 11 meses de prisão pelo esquema de corrupção e lavagem de dinheiro na empresa de combustíveis BR Distribuidora, atual Vibra Energia. Ele foi declarado culpado pelos crimes de corrupção iva e lavagem de dinheiro pelo recebimento de R$ 20 milhões em propina da UTC Engenharia em troca do direcionamento de contratos da BR Distribuidora.
O ex-ministro Pedro Paulo Bergamaschi e o operador Luís Pereira Duarte de Amorim também foram condenados. A sentença determina ainda que os três devem pagar solidariamente uma multa de R$ 20 milhões por danos morais coletivos.