Script = https://s1.trrsf.com/update-1748548509/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

Elden Ring Nightreign reinventa fórmula Souls com co-op e estrutura roguelike 1t6n1y

Jogo aposta em partidas rápidas e foco no trabalho em equipe para oferecer uma abordagem inédita no universo de Elden Ring m276x

28 mai 2025 - 10h59
Compartilhar
Exibir comentários
Elden Ring Nightreign reinventa fórmula Souls com co-op e estrutura roguelike
Elden Ring Nightreign reinventa fórmula Souls com co-op e estrutura roguelike
Foto: Reprodução / Bandai Namco

Com Nightreign, a FromSoftware dá um o ousado ao reformular a estrutura consagrada de Elden Ring. Abandonando o vasto mundo aberto e a progressão tradicional, o jogo apresenta uma experiência centrada em sessões cooperativas para três jogadores, onde a sobrevivência depende da sinergia entre personagens pré-definidos e da adaptação a um ambiente em constante mudança. 514o3n

Ambientado em Limveld, uma versão alternativa de Limgrave, o jogo desafia os jogadores a enfrentarem ciclos de três dias, culminando em batalhas contra chefes implacáveis. Cada incursão é única, graças a elementos roguelike que garantem variedade e imprevisibilidade. Nightreign não é apenas uma expansão; é uma reimaginação corajosa que busca atrair tanto veteranos quanto novos adeptos do gênero.

Os heróis da noite 4k4h5z

A trama de Elden Ring Nightreign é bem direta. Situada em uma linha do tempo alternativa e em Limveld, acompanhamos um grupo conhecido como Viajantes da Noite, cujo objetivo é partir em expedições e sobreviver por três dias para, então, enfrentar os Lordes da Noite. No geral, não espere muitos diálogos explicando todos os acontecimentos. Existem algumas cenas que ajudam a compor o enredo e contextualizar os eventos, mas o foco principal é, de fato, se juntar com amigos ou jogadores aleatórios e partir para as expedições. Ainda assim, todo o mistério que envolve a história funcionou bem.

Apesar de o título ser voltado para confrontar chefes, ele ainda oferece missões secundárias específicas para cada classe, chamadas de Reino da Rememoração. Os objetivos dessas missões estão localizados no diário, ível ao abrir o menu com os cômodos da Mesa Redonda. Para concluí-las, é necessário cumprir tarefas que variam de personagem para personagem — algumas exigem derrotar novamente certos chefes, outras envolvem ações como aguardar um cataclismo ocorrer em Limveld. Finalizar esses objetivos pessoais recompensa o jogador com itens exclusivos, que são equipados como ritos com relíquias.

Essas missões de personagem podem ser feitas na ordem que o jogador preferir, e até mesmo adiadas para serem concluídas mais tarde. Um ponto positivo é que não é necessário estar jogando com aquele personagem específico para cumprir sua missão. Como a narrativa é envolta em mistério, esses objetivos pessoais servem para aprofundar o contexto de cada herói e explicar como eles chegaram até essa jornada. Cada um possui uma história detalhada no diário, o que incentiva o jogador a prestar mais atenção na trama.

A sacerdotisa é quem nos guia durante a história
A sacerdotisa é quem nos guia durante a história
Foto: Reprodução / Matheus Santana

As batalhas de cada dia  w3e72

O combate é o esperado da desenvolvedora, com adições que tornam as lutas mais cadenciadas, como a possibilidade de pular a qualquer momento, escalar e o uso de personagens já pré-determinados. Esses personagens, além de se basearem em títulos anteriores da From, como Sekiro e a própria série Souls, ainda conseguem ser únicos graças às suas habilidades comuns e supremas. O Selvagem, por exemplo, possui um gancho que pode ser usado tanto para se aproximar dos inimigos quanto para se afastar deles. Já o Executor pode se transformar em uma fera. 

No entanto, algo que pode decepcionar é a impossibilidade de escolher quais atributos evoluir. Sempre que utilizamos o local da graça para subir de nível, todos os atributos do personagem são evoluídos automaticamente. Na tela de seleção, é possível ver quais personagens têm mais vigor, destreza ou inteligência, mas a criação de builds acaba sendo limitada.

O ritmo de cada partida é definido pelo sistema de dias, dividido em três etapas. As duas primeiras funcionam como preparação para o verdadeiro desafio: o Lorde da Noite. Pelo mapa, encontramos subchefes relativamente fáceis, que recompensam com armas de diferentes raridades, igrejas para aumentar o número de frascos e áreas de mineração para aprimorar o equipamento. Com o ar do tempo, o mapa vai sendo reduzido pela Maré da Noite, uma mecânica semelhante à zona de segurança vista em jogos battle royale.

Ao final de cada dia, enfrentamos um chefe, que varia a cada expedição. Esses combates são desafiadores, especialmente no modo solo, e podem beirar o impossível. Sem dar muitos spoilers, é certo que veremos rostos conhecidos entre esses inimigos.

As paisagens vistas ao longo da jornada são deslumbrantes
As paisagens vistas ao longo da jornada são deslumbrantes
Foto: Reprodução / Matheus Santana

Os Lordes da Noite são, sem dúvida, o ponto alto do jogo e representam tudo que a FromSoftware sabe fazer de melhor. É improvável vencê-los na primeira tentativa. As lutas são longas, e a barra de vida dos chefes diminui lentamente. Mas, ao derrotá-los, a sensação de dever cumprido é extremamente recompensadora. Esses combates são um espetáculo tanto visual quanto sonoro. Só de chegar no último dia já vale a jornada.

Um sistema presente no jogo que pode ser considerado uma espécie de “modo fácil” é o de reviver os colegas. Essa mecânica, chamada de “quase morte”, funciona como um continue durante as batalhas contra chefes e durante a exploração. Cada personagem possui uma roleta com três marcadores. A primeira recuperação é rápida e exige poucos golpes. À medida que caímos mais vezes, o tempo para se recuperar aumenta, sendo necessário o apoio de ao menos dois companheiros para voltar à luta no último estágio. Essa mecânica reforça o aspecto cooperativo do jogo, mas só está disponível no modo online. Jogando solo, perecer para um chefe significa fim de jogo. Já no online, a partida só acaba quando os três jogadores forem derrotados.

Para facilitar a locomoção durante a exploração, encontramos o Falcão Espectral, que funciona como um parapente, permitindo sobrevoar o mapa de forma rápida. Também há o Salto Espiritual, normalmente posicionado em locais profundos ou próximos a montanhas. Ele permite retornar rapidamente ao topo do mundo ou alcançar áreas elevadas sem a necessidade de escalar, sem contar que não sofremos nenhum tipo de dano ao saltar de longas alturas. Essas adições são especialmente úteis quando a Maré da Noite está prestes a se fechar.

O Falcão Espectral se torna essencial em certos momentos
O Falcão Espectral se torna essencial em certos momentos
Foto: Reprodução / Matheus Santana

A Mesa-Redonda é onde amos boa parte da jogatina. Nela, podemos escolher as expedições, conversar com outros personagens jogáveis e usar a área de treinamento para testar qualquer arma do jogo. Também temos o ao Bazar do Pequeno Jarro, onde compramos emotes e Cenas — habilidades ivas que equipamos nos Ritos com Relíquias. Por mais que o espaço seja amplo, é estranho que, sendo um título com foco no online, os jogadores não possam se reunir na mesma instância da Mesa Redonda antes de iniciar uma missão.

Desde o anúncio, parecia estranho ver a FromSoftware investindo em um título com foco online, ainda mais com elementos de roguelike e inspirações em Monster Hunter. Mas essa mistura deu muito certo. O mapa é intuitivo, com descrições claras sobre o que encontrar, e durante minhas sessões online tive apenas uma desconexão. Mesmo assim, o sistema surpreende, se o jogador for desconectado, é possível retornar à sessão, embora seu nível e frascos sejam perdidos. No entanto, é possível recuperá-los ao visitar o local da graça mais próximo. No fim, nada essencial é perdido.

É possível jogar solo, mas a experiência é diferente. Fica evidente que o jogo foi feito para três jogadores. Embora a barra de vida dos chefes se adapte ao número de participantes, enfrentá-los sozinho é mais complicado. Os preparativos exigidos e a quantidade de inimigos favorecem a jogatina cooperativa. A exploração também é impactada. No online, todos compartilham as runas adquiridas, facilitando a evolução dos personagens. Além disso, a mecânica de quase morte está ausente no modo solo, tornando os confrontos muito mais punitivos.

Considerações 3w1p2s

Elden Ring Nightreign - Nota 8,5
Elden Ring Nightreign - Nota 8,5
Foto: Divulgação / Game On

Elden Ring Nightreign é uma aposta ousada dentro do universo criado pela FromSoftware. A estrutura baseada em dias, a divisão por expedições e o foco na cooperação entre três jogadores entregam uma experiência que, embora diferente do que os fãs esperavam, funciona com consistência e personalidade. As batalhas contra os Lordes da Noite são memoráveis, e o sistema de quase morte é uma boa solução para tornar o combate mais dinâmico em equipe.

Por outro lado, a ausência de personalização de builds e a limitação do modo solo comprometem parte da experiência, principalmente para quem busca a liberdade típica dos títulos anteriores. Ainda assim, Nightreign encontra uma identidade própria e mostra que a From pode explorar novos formatos sem perder o controle sobre o que faz tão bem.

Elden Ring Nightreign estará disponível em 30 de maio para PC, PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox One e Xbox Series X|S.

Esta análise foi feita no PlayStation 5, com uma cópia gentilmente cedida pela Bandai Namco. 

Fonte: Game On
Compartilhar
Publicidade
Seu Terra












Publicidade