Mau hálito: entenda o que causa e veja dicas para evitá-lo 71n8
Cirurgião-dentista explica o que é o problema que causa alterações no hálito, mas que pode ser prevenido e tratado 2q2f6r
Atingindo cerca de 32% da população, segundo dados da Associação Internacional de Pesquisa dos Odores da Boca, a halitose, popularmente conhecida como mau hálito, é uma condição que pode ser causada pelos mais diversos fatores, mas está geralmente relacionada como principal agente etiológico a higienização precária da língua (remoção da saburra lingual). 133y29
“Existem cerca de 60 causas que alteram o hálito. Diabéticos, por exemplo, podem sofrer com halitose por apresentarem uma descompensação nos níveis de glicose do organismo. Porém, o principal agente causador da halitose é a saburra lingual ou biofilme lingual, a placa branca que surge sobre a língua devido à falta de higienização, além de fatores que podem agravar, como cáries, doença periodontal, sangramento gengival ou outras manifestações bucais em que o paciente apresente necrose tecidual”, explica o cirurgião dentista Mario Giorgi, professor e coordenador de clínica do curso de odontologia da Universidade Anhanguera de São Paulo.
Halitose afeta a saúde emocional 5g5vx
Embora seja invisível e benigno para a saúde física, o mau hálito tem um potencial devastador à saúde psíquica e emocional, podendo levar alterações de comportamento como insegurança ao se aproximar das pessoas, dificuldade em estabelecer relações sociais, resistência ao sorriso e até mesmo fobia social e depressão.
E o pior é que, na maioria dos casos, o odor desagradável não é perceptível aos portadores do problema. De acordo com Mario Giorgi, isso ocorre devido a um fenômeno conhecido como falência ou fadiga olfatória, uma consequência do processo adaptativo que faz com que o organismo se acostume com cheiros aos quais somos expostos com frequência.
“Infelizmente, é uma situação em que quem tem mau hálito não sabe que tem e nem mesmo o autodiagnóstico, ou seja, quando a pessoa desenvolve técnicas para perceber a situação do hálito, é confiável. Quem percebe, geralmente, são as pessoas que estão ao redor, e que, por constrangimento, não apontam o problema para o portador”, destaca o cirurgião-dentista.
Por isso, o mais importante é consultar regularmente um dentista, que, caso note alteração no hálito, poderá diagnosticar o problema corretamente e indicar formas de tratamento afinal, a doença pode ser prevenida e tratada.
A partir do diagnóstico, realizado através de exames clínicos e radiológicos, além da própria percepção do dentista, o profissional poderá indicar o tratamento odontológico necessário para cada pessoa ou então, caso a halitose seja consequência de uma doença preexistente, encaminhar o paciente para o médico mais adequado para tratar a condição. Além disso, o dentista poderá dar orientações para auxiliar no tratamento e prevenção da halitose.
“O dentista poderá, por exemplo, conceder orientações a respeito da hidratação correta, afinal, a boca seca é o fator que mais favorece a formação da saburra lingual e, consequentemente, a alteração do hálito, pois a falta de umidade na boca causa a descamação do tecido da mucosa, que acaba se alojando na língua. O recomendado então é ingerir, no mínimo, 2 litros de água por dia para garantir a boa qualidade e a quantidade suficiente de saliva, evitando assim a formação da saburra lingual”, afirma o cirurgião dentista.
Protocolos de higienização bucal 4cs30
Além disso, o dentista poderá instruir o paciente sobre o protocolo ideal de higienização bucal para tratamento e prevenção da halitose, que consiste principalmente na utilização de instrumentos para a higienização específica da língua, como a dupla Tung Brush e Tung Gel.
“Deve-se iniciar a higienização com o auxílio do limpador de língua recomendado pelo seu dentista, realizando a limpeza da região posterior, média e anterior da língua com cuidado para não provocar lesões. Para aqueles que sentem náuseas ao limpar a língua é recomendado puxá-la até o queixo com o auxílio de uma gaze, projetando-a para fora para que seja possível realizar uma higienização melhor, principalmente da parte posterior, onde há o maior acúmulo de saburra lingual”, recomenda o cirurgião-dentista.
“A escova de língua Tung Brush deve ser utilizada realizando movimentos circulares de varredura para que ocorra a remoção do biofilme residual. De preferência, a escova deve ser utilizada junto ao Tung Gel, que, devido ao cloreto de zinco em sua fórmula, que facilita a remoção e é capaz de neutralizar os gases causadores do mau hálito.”
Tal protocolo deve ser realizado, no mínimo, uma vez ao dia, de preferência pela manhã.
Enxaguatório oral 6mc3l
Além disso, uma novidade é o enxaguatório oral em pastilhas Black is White, da Curaprox, indicado justamente como auxiliar da higiene oral, pois pode ser facilmente transportado no bolso ou na bolsa. “Com sabor de limão e menta, a pastilha Black is White é um produto mastigável que protege contra cáries, confere frescor ao hálito, melhora a sensibilidade e ajuda na manutenção do clareamento profissional realizados pelos cirurgiões-dentistas”, afirma o Prof. Hugo Lewgoy, doutor pela Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo (FOUSP) e consultor científico da Curaden Swiss.
Mas para realmente dar fim à halitose é preciso realizar, além da limpeza da língua, a higienização da boca como um todo, utilizando instrumentos atraumáticos recomendados por seu dentista, incluindo uma escova de cerdas ultramacias, uma escova interdental, uma escova unitufo e, é claro, o fio dental.
“Estes cuidados combinados a visitas regulares ao dentista são ideais para auxiliar no combate e prevenção ao mau hálito e outras condições como cárie e doenças periodontais, finaliza Mario Giorgi.
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