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Gastrite não tratada pode virar câncer de estômago 5m2x1q

19 abr 2025 - 06h09
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Resumo
A gastrite, inflamação da mucosa do estômago, pode evoluir para câncer gástrico se não tratada, principalmente se associada à bactéria H. pylori. Mudanças de hábitos, diagnóstico precoce e acompanhamento médico são essenciais para prevenção.
Foto: Freepik

A preocupação com dores no estômago, queimação e desconforto após as refeições é comum entre os brasileiros. Muitas vezes, esses sintomas são atribuídos à gastrite, uma inflamação da mucosa do estômago. Como quase todo mundo tem, muitos brasileiros acreditam que essa é uma doença que nem sempre precisa ser tratada – uma ideia absurda e que pode até aumentar o risco de câncer gástrico.  w171y

“O câncer gástrico, também chamado de adenocarcinoma gástrico, se origina nas células que revestem o estômago. Seu desenvolvimento é multifatorial, envolvendo fatores genéticos e ambientais, como hábitos alimentares, infecção por Helicobacter pylori e doenças pré-existentes, como a gastrite crônica atrófica. Nem toda gastrite evolui para câncer, mas, quando causada pela bactéria H. pylori, a inflamação crônica pode levar a alterações celulares e, em longo prazo, ao desenvolvimento de uma condição chamada metaplasia intestinal, um estágio pré-cancerígeno”, explica Ramon Andrade de Mello, médico oncologista do Centro Médico Paulista High Clinic Brazil (São Paulo).

De acordo com o médico, que também é vice-presidente da Sociedade Brasileira de Cancerologia, outros fatores como consumo excessivo de alimentos processados, fumo, alcoolismo e histórico familiar, também aumentam o risco de câncer no estômago. 

“Os sintomas iniciais do câncer de estômago são muitas vezes inespecíficos e podem ser confundidos com uma gastrite comum. Mas, entre eles, estão: a dor ou o desconforto abdominal persistente, a sensação de saciedade precoce, a perda de peso inexplicada, a fadiga constante, os vômitos e/ou presença de sangue nas fezes, além de anemia sem causa aparente. Caso esses sintomas se tornem frequentes, um médico deve ser consultado imediatamente”, diz Ramon.

O oncologista de São Paulo orienta que controlar a gastrite e evitar fatores de risco é essencial para reduzir a possibilidade de desenvolvimento do câncer gástrico. “Diagnosticar e tratar a infecção por H. pylori, reduzir o consumo de alimentos ultraprocessados e ricos em conservantes, manter uma dieta equilibrada, rica em frutas e vegetais, evitar cigarro e álcool em excesso, além de realizar exames de rotina, especialmente para quem tem histórico familiar da doença, estão entre as atitudes preventivas”, explica o especialista.

O tratamento da gastrite depende da causa, mas, em geral, envolve mudanças na alimentação, uso de medicamentos e controle de fatores de risco. 

“Medicamentos como inibidores da bomba de prótons (IBPs), bloqueadores de receptores H2 (que reduzem a produção ácida) e antibióticos (se houver H. pylori) são indicados. Quanto às mudanças na alimentação, existem recomendações nutricionais para evitar alimentos gordurosos, frituras e embutidos, reduzir o consumo de café, álcool e refrigerantes, comer refeições menores e mais frequentes e priorizar alimentos ricos em fibras, como frutas e vegetais”, diz o médico. 

Além disso, o médico sugere reduzir o estresse, evitar o uso excessivo de anti-inflamatórios como ibuprofeno e ácido acetilsalicílico, e parar de fumar.

No caso do câncer de estômago, o prognóstico depende do estágio em que a doença é diagnosticada, da localização do tumor e das condições gerais do paciente. “No estágio inicial, antes de se espalhar para linfonodos ou outros órgãos, a taxa de sobrevida em cinco anos pode ultraar 70% a 90% após tratamento adequado. No estágio avançado, quando o câncer já se espalhou para linfonodos próximos, a taxa de sobrevida cai para 30% a 50%. E, em caso de metástase, se o câncer já atingiu órgãos distantes, como fígado ou pulmões, a taxa de sobrevida em cinco anos é inferior a 10%”, alerta o oncologista.

Entre os tratamentos disponíveis para o câncer de estômago estão a cirurgia, a quimioterapia, a radioterapia e as terapias-alvo. “A escolha do tratamento é individualizada e depende de fatores como idade, estado de saúde e extensão do câncer”, completa o oncologista.

Por fim, o oncologista lembra que nem toda gastrite leva ao câncer, mas sua presença prolongada e sem tratamento pode contribuir para alterações no estômago que favorecem o desenvolvimento da doença. “Manter um acompanhamento médico, adotar hábitos saudáveis e tratar infecções por H. pylori são medidas fundamentais para reduzir os riscos”, finaliza o oncologista.

(*) Homework inspira transformação no mundo do trabalho, nos negócios, na sociedade. É criação da Como, agência de conteúdo e conexão.

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