4 tendências que transformam a relação das mulheres com o próprio corpo 1c4q4i
De corpos pós-maternidade à estética madura, da definição natural à pluralidade de perfis, a beleza caminha para um novo lugar 5i63w
Tendências de beleza destacam pluralidade, naturalidade e aceitação, com foco em mulheres maduras, pós-maternidade e pós-emagrecimento, centrando-se no bem-estar e na autenticidade.
Há uma revolução silenciosa — e poderosa — acontecendo no universo da beleza. Ao contrário das tendências do ado, que impunham padrões rígidos e resultados padronizados, a nova estética é plural, emocional e personalizada. 4p6ft
“A beleza deixou de ser moldada por fora para ser redescoberta por dentro. Mulheres mais maduras chegam aos consultórios buscando sentirem-se bem com seu corpo, mas sempre enfatizam que não querem mudanças drásticas. Até mesmo com o uso de medicamentos análogos de GLP-1, as famosas canetas emagrecedoras, muitos pacientes buscam ajuda para tratar os efeitos estéticos dessa perda de peso acelerada”, comenta a cirurgiã plástica Heloise Manfrim, membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.
Naturalidade é o novo luxo 5p2l4z
A ideia de “beleza indetectável” tem ganhado espaço entre mulheres que querem se sentir bem sem parecer que aram por procedimentos. “A busca agora é por harmonia, leveza e equilíbrio, e não por transformações evidentes. A tendência, já consolidada em Hollywood, começa a pautar os desejos no Brasil e, embora muitas pessoas associem isso apenas ao rosto, essa naturalidade também é buscada nas intervenções corporais”, explica o cirurgião plástico Carlos Manfrim, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.
Segundo a ISAPS (International Society of Aesthetic Plastic Surgery), o Brasil é o segundo país que mais realiza procedimentos estéticos no mundo, e o aumento não está ligado à busca por “perfeição”, mas sim por autenticidade e bem-estar. “É o fim da estética artificial. A beleza hoje é sobre parecer descansada, segura, de bem com a vida – e não com 10 anos a menos”, resume a cirurgiã plástica Heloise.
Pós-maternidade: o corpo como território de autocuidado 3y6b62
As transformações no corpo após a gestação ganharam protagonismo nas conversas sobre beleza e autoestima. “Estrias, flacidez, diástase abdominal e alterações nas mamas, antes escondidas, agora são discutidas de forma aberta e sem tabus. E, cada vez mais, as mães buscam soluções não para ‘voltar a ser quem eram’, mas para se reconectar com a própria imagem em um novo momento de vida”, explica Carlos.
Esse movimento deu origem ao chamado “mommy makeover”, que une diferentes estratégias – físicas, emocionais e estéticas – para apoiar mulheres na transição do puerpério para uma nova identidade corporal. “A beleza pós-maternidade tem relação com a aceitação, mas também com a autonomia. É o direito de querer se sentir bem no próprio corpo, sem culpa”, aponta Carlos.
Maturidade em alta: o impacto das mulheres 40+ 5v3cv
Segundo Heloise, mulheres acima dos 40, 50 e até 60 anos estão na linha de frente da nova estética, não apenas como consumidoras, mas como formadoras de opinião sobre o que significa ser bela hoje. “Elas buscam resultados que reflitam sua vitalidade, e não uma juventude artificial; se posicionam e falam abertamente sobre o tema”, explica.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SB), a faixa etária entre 45 e 60 anos concentra mais de 20% das cirurgias corporais eletivas no país, e esse número tende a crescer. “Essas mulheres sabem o que querem — e o que não querem. Pedem intervenções sutis, respeitosas, que mantenham sua identidade. Elas não querem esconder a idade, querem celebrá-la com dignidade. A beleza madura se afasta cada vez mais da ideia de ‘parecer jovem’”, reforça Heloise.
“Geralmente, elas pedem por lipoescultura com definição leve, para marcar suavemente a cintura ou suavizar flancos; lifting de braços e coxas, para tratar a flacidez típica da perda de colágeno; abdominoplastia, em mulheres que tiveram filhos ou aram por emagrecimento; e mastopexia com ou sem prótese, que corrige a ptose mamária (queda das mamas)”, diz Carlos.
A estética da recuperação: beleza depois do emagrecimento 61133g
Com o crescimento das cirurgias bariátricas, uso de medicamentos para perda de peso e mudanças no estilo de vida, uma nova demanda estética surge: como se sentir bonita após perder muito peso? “Mulheres que eliminaram 20, 30 ou até 80 kg muitas vezes se veem diante de um corpo que apresenta flacidez, tem excesso de pele, e não representa a força da conquista. Para elas, a estética funciona como parte do processo de recuperação da autoestima”, explica Carlos. “Não só a lipoaspiração, como também o body lifting associado a tecnologias, todas as técnicas têm feito muito sucesso nesse caminho de fazer as pazes com a própria imagem – após a perda de peso”, acrescenta Heloise.
Por fim, os médicos reforçam que é fundamental buscar ajuda de um cirurgião plástico especializado para a perfeita indicação do procedimento. “O procedimento ideal para cada pessoa parte de uma avaliação individual, que considera, inclusive, se aquela queixa estética não é exagerada ou infundada. Ainda é um grande desafio mostrar para cada paciente que é necessário que ela acolha cada mudança do seu corpo e às vezes não vale a pena investir na aparência do corpo, mas sim na saúde do corpo e da mente. Não é um trabalho fácil, mas nós sempre precisamos estar ao lado dessas pessoas para orientar, acolher e acompanhar. E, claro, para os pacientes que realmente têm uma indicação, a cirurgia plástica e os procedimentos estéticos podem promover uma melhora expressiva do bem-estar”, finaliza Heloise.
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