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'Lamentável que ainda tenhamos de lidar com isso', diz autoridade britânica sobre ataques a Marina 285i46

Rachel Kyte, representante do Reino Unido para o Clima, saiu em defesa da ministra do Meio Ambiente 2c3j3t

28 mai 2025 - 21h52
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BRASÍLIA - Os ataques sofridos pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, no Senado, na última terça-feira, 27, geraram repúdio de autoridades internacionais da área climática. Em entrevista ao Estadão, a representante especial do Reino Unido para Clima, Rachel Kyte, saiu em defesa da ministra e pediu que todos se posicionem contra o episódio.

"É lamentável que ainda tenhamos de lidar com isso", disse.

A britânica está no Brasil para participar de discussões climáticas no Rio de Janeiro e em Brasília. Ex-representante do secretário geral da ONU, António Guterres, para energia, Rachel afirmou que Marina é respeitada mundialmente.

"Isso me deixa um pouco farta quando vejo acontecer com alguém. Marina Silva, concordando ou não com ela, é uma pessoa respeitada mundialmente por ter coragem. Coragem de seguir suas convicções e levá-las para a vida pública. Precisamos de mais mulheres na vida pública, não menos", afirmou.

Marina Silva bate-boca com o senador Marcos Rogerio (PL-RO).
Marina Silva bate-boca com o senador Marcos Rogerio (PL-RO).
Foto: Geraldo Magela/Agência Senado / Estadão

O Reino Unido é considerado um importante líder nas discussões climáticas. O país é uma das maiores economias a adotar metas ambiciosas de redução de emissões de gases, com o compromisso de zerá-las até 2050.

"Isso (ataques a mulheres) não é um fenômeno exclusivamente brasileiro. Acontece em todo lugar. Mas o mundo seria um lugar pior se mulheres como Marina Silva não estivessem na vida pública", disse.

A representante do Reino Unido defendeu que não só mulheres, mas também os homens repudiem o episódio.

"Os homens precisam se posicionar e dizer não. Pelo que entendi, o governo brasileiro fez isso ontem, demonstrou apoio à Marina", afirmou em referência ao telefonema do presidente Lula para a ministra.

"As mulheres podem se levantar, apontar e denunciar essas situações — e isso é importante. No entanto, isso também precisa ser inaceitável para os homens. Deve ser algo que os homens, igualmente, rejeitem de forma clara. No Brasil, no Reino Unido, em qualquer lugar."

Rachel Kyte está no Brasil para participar de discussões climáticas.
Rachel Kyte está no Brasil para participar de discussões climáticas.
Foto: WILTON JUNIOR/ESTADÃO / Estadão

Sessão terminou em bate-boca 12411j

Na última terça-feira, a ministra Marina Silva se retirou de uma sessão da Comissão de Infraestrutura do Senado após ser alvo de ataques. Na ocasião, o senador Marcos Rogério (PL-RO) afirmou: "Se ponha no seu lugar".

Além dele, o líder do PSDB, senador Plínio Valério (AM), afirmou que "a mulher Marina merecia respeito, a ministra não". O senador Omar Aziz (PSD-AM), da base do governo, também atacou a senadora.

Na ocasião, Marina havia sido chamada no colegiado para debater a criação de unidades de conservação na Margem Equatorial.

Estadão
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