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Sonda soviética desaparecida reaparece na Terra após 53 anos no espaço 4d6411

17 mai 2025 - 09h09
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Um artefato espacial lançado há mais de 50 anos, durante a corrida espacial travada entre superpotências, voltou à Terra no fim da madrugada de sábado (10). O equipamento, segundo a agência espacial russa Roscosmos, foi identificado como uma sonda da era soviética que ficou em órbita terrestre por décadas após falhar em sua missão original. 1s4o43

Por uma falha, objeto nunca chegou em Vênus
Por uma falha, objeto nunca chegou em Vênus
Foto: NASA/Reprodução / Perfil Brasil

A cápsula cilíndrica, de cerca de 1 metro de diâmetro, cruzou as camadas densas da atmosfera terrestre por volta das 9h24 de Moscou (3h24 de Brasília). O impacto ocorreu no Oceano Índico, ao oeste de Jacarta, na Indonésia, informou a agência.

A nave seria a Cosmos 482também registrada como Kosmos 482 —, enviada pela União Soviética em março de 1972. O objetivo era alcançar uma órbita de transferência rumo a Vênus, com a missão de analisar as condições do planeta. O sistema de propulsão, no entanto, falhou, e a espaçonave nunca deixou a órbita da Terra.

Desde então, o objeto percorreu milhares de voltas ao redor do planeta, movido pela inércia e pelo atrito sutil da atmosfera superior, que o foi puxando lentamente de volta.

Por que a sonda Cosmos 482 resistiu tanto tempo no espaço? 2d4m3w

Mesmo com décadas de exposição ao espaço, a sonda manteve sua estrutura quase intacta. "Este objeto foi projetado para sobreviver à entrada em Vênus, então boas chances de que ele sobreviva à volta (à Terra) inteiro", disse Marlon Sorge, especialista em detritos espaciais da Aerospace Corporation. "Isso, na verdade, torna o risco menor… porque ele permaneceria intacto."

Apesar do retorno à Terra, autoridades e especialistas afirmam que a queda da cápsula não ofereceu riscos reais. O objeto chamou atenção mais por sua história e singularidade do que por representar perigo.

Com frequência, fragmentos de foguetes desativados e outros restos de missões espaciais reentram na atmosfera em alta velocidade, ultraando os 27 mil quilômetros por hora. Nesses casos, a maioria se desintegra por completo durante a queda.

A Cosmos 482, porém, foi construída para resistir a condições extremas. Seu escudo térmico, projetado para enfrentar a pressão e o calor intensos da atmosfera venusiana — 90 vezes mais densa que a terrestre —, permitiu que a sonda asse o retorno.

O episódio revive o legado do programa soviético Venera, que dedicou anos ao envio de sondas ao planeta vizinho. Embora não tenha cumprido sua missão, a Cosmos 482 deixa uma marca incomum: um retorno tardio e intacto ao planeta de origem.

Perfil Brasil
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