Reunião entre Putin e Zelensky só será "possível" após "acordos" prévios, diz Kremlin 5f3l8
O Kremlin informou neste sábado (17) que um encontro entre o presidente russo, Vladimir Putin, e o ucraniano, Volodymyr Zelensky, será "possível", desde que Moscou e Kiev cheguem a "acordos" prévios. Mas como as negociações em Istambul na sexta-feira (18) não permitiram um cessar-fogo, um consenso entre dois países parece distante. 2m4t5u
O Kremlin informou neste sábado (17) que um encontro entre o presidente russo, Vladimir Putin, e o ucraniano, Volodymyr Zelensky, será "possível", desde que Moscou e Kiev cheguem a "acordos" prévios. Mas como as negociações em Istambul na sexta-feira (18) não permitiram um cessar-fogo, um consenso entre dois países parece distante. 2m4t5u
Após uma semana tensa, Kiev e Moscou realizaram suas primeiras negociações diretas em três anos em Istambul na sexta-feira, sob mediação turca. A reunião evidenciou lacunas que impedem de solucionar o conflito.
A Ucrânia exigiu um cessar-fogo "incondicional" dos russos e uma reunião entre Zelensky e Putin. Mas obteve apenas uma troca de 1.000 prisioneiros, como confirmou a delegação russa.
Por sua vez, Vladimir Medinsky, conselheiro de Vladimir Putin e negociador-chefe russo, simplesmente garantiu que Moscou havia "tomado nota" do pedido de Kiev para organizar uma cúpula entre os dois líderes.
No sábado (17), o porta-voz presidencial russo, Dmitry Peskov, foi ainda mais claro: a Rússia aceitará a reunião — que seria a primeira desde 2019 entre Putin e Zelensky — somente depois que "acordos" forem alcançados sobre o conflito.
"Tal reunião, resultado do trabalho mútuo e da conclusão de acordos, é possível. Mas somente após acordos entre os dois lados", insistiu.
O Kremlin mantém suas exigências: a Ucrânia deve renunciar à adesão à OTAN, desistir de quatro de suas regiões parcialmente controladas pela Rússia, incluindo a Crimeia anexada em 2014, e as entregas de armas ocidentais devem ser interrompidas.
A Ucrânia e seus aliados europeus rejeitam as demandas, e diz que o Exército russo, que ainda ocupa quase 20% do território ucraniano, está travando um conflito "imperialista" na ex-república soviética. O presidente ucraniano exigiu que as forças russas simplesmente deixassem o território ucraniano.
Troca de prisioneiros 12161r
Sobre novas negociações diretas, Dmitry Peskov indicou também que elas só seriam possíveis após a troca de prisioneiros ser concluída.
Nas últimas semanas, Moscou rejeitou várias vezes a oferta de cessar-fogo da Ucrânia, apesar da pressão dos países europeus e dos Estados Unidos.
Na sexta-feira, o negociador russo Medinsky citou Napoleão ao explicar a recusa de Moscou: "Guerras e negociações devem ser conduzidas simultaneamente", disse ele na televisão russa.
Mortes de civis 4x2a5i
Neste contexto, onde a Ucrânia acusa a Rússia de ganhar tempo, os combates continuam.
"Um drone inimigo atingiu um ônibus perto de Bilopillia, matando nove pessoas", informaram autoridades regionais no Telegram, publicando fotos de um micro-ônibus destruído em uma estrada.
Volodymyr Zelensky denunciou "um assassinato deliberado de civis", acrescentando que sete pessoas também ficaram feridas. Ele pediu aos Estados Unidos e à União Europeia que imponham "sanções severas".
"Putin continua a travar uma guerra contra civis", denunciou o ministro das Relações Exteriores ucraniano, Andrii Sybiga, no X.
Autoridades da região de Kherson (sudeste) relataram no sábado que duas pessoas foram mortas e outras 13 ficaram feridas por ataques russos em uma área residencial e contra um caminhão que transportava ajuda humanitária.
Com vantagem no front, onde avança gradualmente, o Exército russo reivindicou a captura da cidade de Alexandropil, na região de Donetsk, no leste da Ucrânia.
Sanções 4m2o20
Na sexta-feira, o presidente francês Emmanuel Macron, o chanceler alemão Friedrich Merz, os primeiros-ministros britânico Keir Starmer e polonês Donald Tusk convocaram Donald Trump para testemunhar e ameaçaram a Rússia com sanções "massivas".
"As propostas de cessar-fogo, que gostaria de lembrar que são uma iniciativa americana, não foram respeitadas pelo presidente Putin e seus exércitos", insistiu Macron no sábado.
(Com AFP)