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Portugal começa campanha eleitoral para parlamento em meio a questões de imigrantes e PIB 554j61

O domingo (4) foi marcado pelo início da campanha para as eleições parlamentares antecipadas de 18 de maio. O pleito da segunda quinzena deste mês será o terceiro desde janeiro de 2022. A grande favorita é a direita moderada, mas analistas apontam que não há garantia de que uma vitória asseguraria a estabilidade do próximo governo. 1p6e55

4 mai 2025 - 14h32
(atualizado às 19h08)
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O domingo (4) foi marcado pelo início da campanha para as eleições parlamentares antecipadas de 18 de maio. O pleito da segunda quinzena deste mês será o terceiro desde janeiro de 2022. A grande favorita é a direita moderada, mas analistas apontam que não há garantia de que uma vitória asseguraria a estabilidade do próximo governo. 1p6e55

O primeiro-ministro Luis Montenegro é cercado por suspeitas de conflitos de interesse.
O primeiro-ministro Luis Montenegro é cercado por suspeitas de conflitos de interesse.
Foto: © LUSA - PAULO NOVAIS / RFI

Segundo pesquisas, a Aliança Democrática (AD) tem 32,5% das intenções de voto, contra 27,3% do Partido Socialista (PS) e 17% do Partido Chega (CH), de extrema direita.

A eleição de março de 2024 deixou oito anos de governos socialistas para trás e Portugal virou para a direita. Mas a coligação liderada pelo primeiro-ministro Luis Montenegro não obteve maioria no parlamento.

Consciente do risco de novamente estar à frente de um governo minoritário, Montenegro, que descarta qualquer acordo com a extrema direita, alertou os eleitores contra esse cenário.

"Se não conseguirmos garantir a estabilidade no dia da eleição, o dia seguinte será muito mais complexo", previu Luis Montenegro a duas semanas da votação.

Líder da oposição socialista, Pedro Nuno Santos afirmou que "neste momento, Luís Montenegro é o principal fator de instabilidade política em Portugal".

Queda do PIB 6n4a12

A campanha começa em meio a um revés inesperado na economia portuguesa: o PIB do país caiu 0,5% no primeiro trimestre de 2025. A notícia foi um baque para os economistas, acostumados ao crescimento dos últimos anos.

De acordo com o Instituto Nacional de Estatística, há duas explicações para esta queda: a primeira é que o consumo das famílias estagnou e as exportações desaceleraram. O segundo é um motivo político, desencadeando uma quebra na confiança em todos os setores.

Esta desconfiança é pelo conflito de interesses quanto à atividade de uma empresa de consultoria que Montenegro havia criado antes de colocá-la em nome dos filhos. Embora o primeiro-ministro insista que não cometeu irregularidades, o escândalo foi bastante explorado durante o período de pré-campanha.

Aliado a isso, o enorme apagão que atingiu a Península Ibérica no dia 29 de abril também alimentou a oposição com argumentos para atacar o governo.

Expulsão de imigrantes 1j4d73

Para tirar o holofote da questão do PIB, o governo português anunciou neste fim de semana o endurecimento da política de imigração. Portugal identificou 18 mil imigrantes ilegais que serão expulsos, já que não têm permissão para ficar no país.

De acordo com o governo, a Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA) recebeu indicações para iniciar este processo já nesta semana, pedindo a 4.574 cidadãos estrangeiros sem documentos que voltem voluntariamente a seus países no prazo máximo de 20 dias. Não se sabe, ao certo, quantos brasileiros estão neste contingente inicial.

Portugal tem identificado um aumento expressivo de brasileiros que chegam ao país. Em 2023, 179 brasileiros foram barrados; no ano seguinte, este número subiu para 1.470. Isso significa um aumento superior a 700%.

Com a crise imobiliária, a questão da imigração entrou no foco do debate político. O número de estrangeiros quadruplicou desde 2017. Hoje, cerca de 15% da população de Portugal, que é de pouco mais de dez milhões de habitantes, é de estrangeiros.

"A corrupção e a ética, juntamente com a imigração, são temas centrais do atual debate político em Portugal, e isso dá espaço para o crescimento do Chega, partido de extrema direita", explicou a cientista política, Marina Costa Lobo.

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