EUA e Israel dizem que exigências do Hamas para cessar-fogo são inaceitáveis 2g2y4f
Uma nova tentativa de trégua no conflito em Gaza enfrenta obstáculos. Estados Unidos e Israel rejeitaram as exigências do Hamas e disseram que os termos apresentados pelo grupo palestino são "inaceitáveis". A declaração surge após a entrega da resposta do Hamas à proposta de cessar-fogo elaborada por Washington e aceita por Tel Aviv. 4b2u3i
O plano, segundo os articuladores, previa uma pausa inicial de 60 dias nos combates. Nesse período, o Hamas se comprometeria a libertar 10 reféns com vida e entregar os corpos de 18 mortos. Em troca, Israel soltaria 125 prisioneiros condenados à prisão perpétua, além de outros 1.111 detidos desde o início da ofensiva militar.
Em publicação na rede social X, o enviado especial dos EUA ao Oriente Médio, Steve Witkoff, avaliou a resposta do grupo: "só nos leva para trás". Para ele, o Hamas deveria considerar a proposta como ponto de partida. "A resposta foi totalmente inaceitável", acrescentou Witkoff.
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Mesmo com apoio americano e adesão israelense, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu reforçou que o Hamas ainda não aceitou os termos sugeridos. Diante disso, disse que a operação militar continuará na Faixa de Gaza.
O chanceler israelense Gideon Saar também criticou o Hamas, acusando-o de prolongar a guerra ao recusar a libertação dos reféns e a rendição militar. Segundo ele, a recusa mostra que o grupo não está interessado em uma solução pacífica.
Do outro lado, um dirigente do Hamas afirmou à agência Reuters que a resposta não foi negativa. O grupo teria proposto três alterações ao texto: garantia de que as negociações para um cessar-fogo permanente avancem após a trégua, compromisso de que os combates não sejam retomados após os 60 dias e retirada das tropas israelenses para as posições de 2 de março deste ano.
Além disso, o Hamas pede que a distribuição de ajuda humanitária fique exclusivamente sob responsabilidade da Organização das Nações Unidas.
Segundo o grupo, a proposta atual não aborda o principal ponto de sua agenda: o encerramento definitivo da guerra e da ocupação israelense. O integrante do gabinete político do Hamas, Bassem Naim, criticou os termos: "perpetua a ocupação e continua a matança e a fome", declarou.
O plano liderado pelos EUA não inclui o fim definitivo do conflito, mas reafirma o compromisso do presidente Donald Trump com a continuidade das negociações "de boa-fé". A ajuda humanitária entraria em Gaza assim que a trégua fosse iniciada, sendo coordenada por entidades como as Nações Unidas e o Crescente Vermelho.
Apesar dos esforços de mediação conduzidos por EUA, Egito e Catar, o entrave criado pelas exigências do Hamas ameaça bloquear o avanço diplomático. A chance de uma pausa real na guerra segue distante.