Script = https://s1.trrsf.com/update-1748548509/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

Como seria se você experimentasse o futuro? f1a5g

Foi o que mais de 8 mil estudantes fizeram entre os dias 23 e 24 de maio, durante evento inédito pensado, criado e organizado pelo Senac São Paulo 104xy

2 jun 2025 - 10h51
(atualizado às 11h05)
Compartilhar
Exibir comentários

Conteúdo oferecido pelo Senac São Paulo 6c6kk

Realização educacional e profissional é o maior sonho para 4 em cada 10 adolescentes, segundo pesquisa do Senac São Paulo. Esse dado mostra que os jovens estão atentos à importância da formação profissional. Diante deste cenário, o Senac promoveu, nos dias 23 e 24 de maio, o evento Geração Senac, na Bienal do Ibirapuera, em São Paulo. e2031

Geração Senac aconteceu no prédio da Bienal, em São Paulo
Geração Senac aconteceu no prédio da Bienal, em São Paulo
Foto: Tiago Queiroz/Estadão Blue Studio / Estadão

A iniciativa reuniu mais de 8 mil estudantes em uma programação com oficinas, palestras e experiências interativas. "Trouxemos para o evento o que acontece na sala de aula", diz Lucila Sciotti, Superintendente de Operações da instituição. Ivo Dall'Acqua Júnior, presidente executivo da FecomercioSP, destaca: "O que temos é coragem para inovar e humildade para aprender continuamente, evidenciando o protagonismo das pessoas". Na abertura, o professor Gabriel Chalita defendeu a construção de vínculos: "Os jovens estão carentes de conexões na vida real. Precisamos fazer de tudo para que não desistam dos sonhos e de quem são".

O professor e escritor Gabriel Chalita participou da abertura do evento
O professor e escritor Gabriel Chalita participou da abertura do evento
Foto: Tiago Queiroz/Estadão Blue Studio / Estadão

Criatividade, educação financeira e a ponte direta com o mercado de trabalho 5p644y

Oficinas de gastronomia, jogos interativos, experiências com inteligência artificial e simulações práticas ocuparam a Bienal no primeiro dia do Geração Senac. No espaço Se Cuida!, uma simulação de parto humanizado apresentou na prática o universo da saúde. Aulas de primeiros socorros e uma experiência de combate ao fogo em realidade virtual também integraram as atividades do evento.

Esporte, disciplina e o ao conhecimento 5j6k6y

Na palestra Esporte e Inspiração por Gerações, a ex-jogadora Magic Paula e a ginasta Flávia Saraiva discutiram a disciplina e a relação do esporte com a educação. "O esporte tatuou muitos valores na minha vida. Valores que também aprendemos com a educação", disse Paula. Flávia completou: "Para crescer no esporte também é preciso muita sabedoria e disciplina".

A biomédica Jaqueline Goes, que ganhou projeção internacional ao liderar o sequenciamento genético do coronavírus no Brasil, destacou: "O conhecimento precisa ser ível. Algumas profissões vivem numa bolha e perdemos a riqueza da troca. Grupos multidisciplinares, com diversidade de visões, são muito ricos e alcançam mais gente". Ela também reforçou a importância da representatividade: "Eu, como mulher preta, sei qual a importância de se ver nesses ambientes".

Jaqueline Goes e Mari Krüger falaram sobre inovação, pesquisa e informação em saúde
Jaqueline Goes e Mari Krüger falaram sobre inovação, pesquisa e informação em saúde
Foto: Tiago Queiroz/Estadão Blue Studio / Estadão

Empoderamento financeiro 315n5t

A valorização da educação profissional como ponte para o mercado de trabalho foi um dos temas centrais do evento. Segundo o Censo Escolar 2024, 17,2% dos estudantes brasileiros do ensino médio estão matriculados em cursos técnicos (em 2023 esse número era de 15%). Embora o crescimento ainda seja pequeno, um estudo recente coordenado pelo economista Ricardo Paes de Barros mostra que essa formação pode aumentar em até 32% a remuneração ao longo da vida e elevar em 7 pontos porcentuais a empregabilidade.

Na palestra Inovação e Oportunidade nas Periferias, foi debatido o papel da educação na transformação social. "Empoderamento é estudar para comprar tempo e qualidade de vida", afirmou Nina Silva, fundadora do Movimento Black Money. Edson Leite, chef de cozinha e empreendedor, destacou o poder da comunidade: "Qualquer mãe preta dentro da favela dá aula de economia para qualquer economista. Não se pode esquecer disso".

Técnica, criatividade e futuro 6a1o51

O evento também mostrou que técnica e criatividade caminham juntas. Um dos momentos mais aguardados foi o desfile Geração Senac - 30 anos de SPFW, com curadoria de Paulo Borges, idealizador da semana de moda paulistana. Mais de 250 alunos de 21 unidades participaram da criação e execução da apresentação.

Desfile Geração Senac: 30 anos de SPFW reuniu mais de 250 alunos de moda para a criação e execução das peças
Desfile Geração Senac: 30 anos de SPFW reuniu mais de 250 alunos de moda para a criação e execução das peças
Foto: Tiago Queiroz/Estadão Blue Studio / Estadão

No espaço Bora Criar!, os estilistas João Pimenta e Daniela Nunes deram uma aula de moulage ao vivo, enquanto o Profissão Moda: um olhar 360, no espaço Se Liga!, trouxe a jornalista Patrícia Carta, diretora da revista Harper's Bazaar. "Depois da pandemia, a moda ganhou uma liberdade que não existia antes. Ela se tornou expressão e transformação de mercado", avaliou. Gabb, influencer e personalidade do mundo da moda, falou sobre o valor do estudo como forma de diversão e aprendizado: "Ele pode vir de várias formas e pode ser divertido. O estudo pode ser algo que faz parte da gente".

O setor de beleza, um dos que mais empregam no País, também teve lugar. No espaço Se Cuida!, era possível fazer seu próprio brilho labial e cuidar da pele com alunos do Senac. Durante a palestra A Beleza de Empreender, Bruna Tavares, referência em maquiagem e beleza digital, compartilhou: "Estudar fez toda a diferença na hora de desenvolver um produto. Cada aprendizado que tive me ajudou em uma área", disse. Para ela, no mercado de influência e beleza, um bom caminho é o nicho. "Tudo é muito superficial. Se você se torna especialista, a tendência é chamar mais atenção. E o Senac faz muito bem isso, os cursos são superinteressantes", completou.

A melhor maneira de criar o futuro é fazendo 3h3l1e

O que uma DJ e uma bióloga têm em comum? Dependendo do ponto de vista, tudo. Desde cedo, Rivkah, hoje com 18 anos, queria ser DJ, mas não tinha onde aprender. Começou em casa e não parou mais. "Experimentação é tudo para mim." E é aí que a história de Rivkah se cruza com a de Mari Krüger, que tinha um diploma de bióloga na gaveta, mas queria ser DJ. Durante a pandemia, lembrou dele. "Nessa época, me dei conta de que a ciência está no dia a dia. Com essa ideia em mente, comecei a criar vídeos engraçados, leves e didáticos. Experimentei um modo de comunicar ciência que nunca tinha sido usado. Hoje seique o diploma salvou minha vida", contou.

E é esse tipo de cruzamento que comprova que o futuro se constrói com oportunidades. E, para que mais gente conquiste essa segurança, esse conhecimento e essa autonomia, é preciso de uma instituição que encoraje as pessoas a se tornarem protagonistas de suas próprias histórias. Para Mari e para Rivkah, educação é autonomia e liberdade. E para você?

Educação, tecnologia e diversidade no centro do debate 402o3p

A educação que transforma não se limita à sala de aula, mas conecta territórios, culturas, saberes e afetos. Essa foi a tônica do segundo dia do Geração Senac, com oficinas e palestras que ampliaram horizontes e provocaram reflexões sobre o futuro do trabalho e o papel da educação na construção de um país mais justo.

Clima, desigualdade e empatia 6s4441

A ativista Amanda Costa e a engenheira Kananda Eller, conhecida como Deusa Cientista, trouxeram o conceito de racismo ambiental. "A crise climática nos afeta de forma desigual. São as populações negras, indígenas e periféricas que sofrem os piores impactos", disse Amanda. As duas fizeram um chamado à juventude para ocupar espaços de decisão. "Nada é sobre nós, sem nós", reforçou Amanda, ao relatar sua atuação em conferências internacionais. Kananda defendeu uma ciência conectada ao cotidiano: "O conhecimento precisa chegar às favelas, aos quilombos, aos territórios indígenas. A ciência não é neutra e precisa dialogar com todos".

O evento também discutiu hospitalidade. Rodrigo Malfitani e Marcelo Traldi, professor do Senac, mostraram que excelência no atendimento vai além da técnica e exige empatia. "Hospitalidade é cuidar do outro. E isso vale tanto para clientes quanto para colaboradores", afirmou Traldi.

Coerência no prato 2r12h

A chef, empresária e escritora Rita Lobo falou sobre propósito e autonomia. "Cozinhar me deu poder. Aprender a preparar minha própria comida transformou a minha vida. E é isso que eu ensino há 25 anos: cozinhar é um ato de liberdade", afirmou. Ela defendeu coerência entre trabalho e valores. "Eu poderia estar mais rica, mas seria mais pobre por dentro. Não aceito publicidade de ultraprocessados porque meu propósito é melhorar a alimentação das pessoas", disse, citando sua plataforma inha. Rita também reforçou a importância da educação contínua: "Não basta fazer um curso. A gente precisa estar sempre aprendendo". E concluiu: "Mesmo que o mundo esteja em colapso, ainda podemos escolher viver de forma significativa. A educação é a ferramenta mais poderosa para isso".

Rita Lobo falou sobre educação, propósito e autonomia
Rita Lobo falou sobre educação, propósito e autonomia
Foto: Tiago Queiroz/Estadão Blue Studio / Estadão

Tensões geracionais 2e4964

No Gerações no Divã, Rita Von Hunty, André Alves e Lucas Liedke refletiram sobre as tensões entre gerações e o peso das expectativas no trabalho. Com humor ácido e argumentos sólidos, discutiram como a cultura do desempenho levou muitos jovens à exaustão. "Transformamos o trabalho em religião. Jogamos nele nossas frustrações e nossa identidade, e agora colhemos o burnout coletivo", disse Rita. Liedke destacou que o discurso do propósito deu lugar à lógica da sobrevivência. "O jovem não quer mais se identificar com o trabalho como fonte de sentido. Quer viver de outra forma, menos sacrificante." Para eles, a educação profissional ainda é um caminho para restaurar vínculos. "A sala de aula é um dos poucos espaços onde se aprende a conviver", afirmou Alves.

Experiências trouxeram simulações, como a de um parto humanizado
Experiências trouxeram simulações, como a de um parto humanizado
Foto: Tiago Queiroz/Estadão Blue Studio / Estadão

Saberes ancestrais e tecnologia 5c185z

A ativista indígena Txai Suruí emocionou o público ao mostrar que inovação também nasce da floresta. Relatou como sua comunidade uniu saber ancestral e tecnologia para proteger o território. "Plantamos mais de um milhão de árvores com o projeto Pamîp." Defendeu que não há futuro sustentável sem os povos originários no centro das decisões: "O futuro do trabalho também nasce da raiz".

Martha Gabriel, Diogo Cortiz e Paulinho Franqueira discutiram os impactos da inteligência artificial. "Nunca se produziu tanto e com tanta velocidade. Mas é preciso ter pensamento crítico para usar essas ferramentas de forma ética e segura", alertou Martha Gabriel. Ela reforçou a importância de desenvolver habilidades humanas que não podem ser automatizadas, como empatia, julgamento moral e criatividade. Na ocasião, lançou o livro A (R)Evolução das Habilidades para o Futuro do Trabalho na Era da Inteligência Artificial, sobre como desenvolver competências humanas em sintonia com a tecnologia.

Além da questão geracional,  ‘Gerações no Divã’ refletiu sobre expectativas no trabalho
Além da questão geracional, ‘Gerações no Divã’ refletiu sobre expectativas no trabalho
Foto: Tiago Queiroz/Estadão Blue Studio / Estadão

Cortiz destacou que o conhecimento tácito, adquirido pela experiência, seguirá como diferencial. "Não é só sobre saber usar a tecnologia, mas entender suas limitações e consequências", afirmou. Paulinho Franqueira completou: "É cedo para prever quais profissões vão desaparecer. Mas já sabemos que as habilidades do futuro são as que nos permitem aprender, se adaptar e pensar criticamente".

Comunicação viva 3l5t4j

Dayana Natale e Felipe Leite, da CazéTV, falaram sobre os "novos formatos" da comunicação digital. "Eu sou cria do Senac. Se não fosse o curso de apresentação de TV, talvez eu não estivesse aqui", contou Felipe. Dayana destacou a representatividade no jornalismo esportivo. "Ser uma mulher negra nos grandes eventos é também uma forma de educar o olhar do público."

Conteúdo com propósito 1r459

O influenciador Felipe Neto encerrou o evento falando sobre influência digital e ética. Dividiu os criadores entre os que apostam no "reality show da própria vida" e os que estruturam seus canais com estudo, estratégia e propósito. "Muita gente quer ligar a câmera e chegar na criatividade. Não vai. Ética é a base de tudo. Em cima dela, vem a estratégia, o esforço e, só depois, a criatividade."

Felipe Neto encerrou o Geração Senac discutindo sobre influência digital e ética
Felipe Neto encerrou o Geração Senac discutindo sobre influência digital e ética
Foto: Tiago Queiroz/Estadão Blue Studio / Estadão

Ele também falou sobre erros do ado e a necessidade de princípios firmes. "Eu comprometi meus valores básicos de ética ao aceitar contratos que hoje considero antiéticos. Me arrependi amargamente", disse, ao relatar sua experiência com apostas esportivas. Incentivou, ainda, a leitura. "Leia autores brasileiros. Vá até uma livraria e diga: quero um livro nacional. Isso também é transformação social."

Estadão
Compartilhar
Publicidade
Seu Terra












Publicidade