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Política 1s44k

'Brasil é estado de exceção', diz Eduardo Bolsonaro após pedido de investigação da PGR 3i2n3e

Atualmente nos Estados Unidos, o deputado federal licenciado também afirmou que processos judiciais se tornaram 'meio de achaque' no Brasil 5y3y48

26 mai 2025 - 18h00
(atualizado às 18h55)
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Resumo
Eduardo Bolsonaro criticou a abertura de investigação pela PGR e afirmou que o Brasil vive um "estado de exceção", enquanto desqualifica o sistema judicial e menciona possíveis embates envolvendo sanções dos EUA contra autoridades brasileiras.
'Brasil vive um regime de exceção', diz Eduardo Bolsonaro após pedido de investigação da PGR:

O deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou que o Brasil é 'um estado de exceção' ao reagir ao pedido de abertura de investigação pela Procuradoria-Geral da República (PGR). Segundo o parlamentar, processos judiciais no país viraram 'meio de achaque'.  6g1h50

Nesta segunda-feira, 26, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu abrir inquérito para apurar a atuação de Eduardo Bolsonaro nos Estados Unidos contra autoridades brasileiras, após a recomendação da PGR. 

Eduardo Bolsonaro durante discurso no AC, em fevereiro de 2025
Eduardo Bolsonaro durante discurso no AC, em fevereiro de 2025
Foto: Divulgação/Gage Skidmore

Ao citar o caso, o parlamentar licenciado afirmou que 'as decisões judiciais não têm nada mais baseado em lei': "Estão confirmando tudo aquilo que a gente sempre falou, de que o Brasil é um estado de exceção, que depende do cliente, dos fatos políticos", disse.

"O processo no Brasil virou meio de achaque. Um gângster faria igual, um mafioso faria igual. Eles estão deixando isso aí para todo mundo ver, e a cereja do bolo é que eles estão empurrando, pressionando o Trump para estabelecer sanções", disse Eduardo. 

Questionado se possíveis sanções dos Estados Unidos ao magistrado não poderiam representar um problema ao Brasil, Eduardo afirmou que cabe ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decidir se o embate será ampliado. 

"Se o governo Lula quiser comprar a briga do Moraes e mergulhar o Brasil numa disputa contra os Estados Unidos, onde notoriamente os Estados Unidos é o lado mais forte, isso vai ser uma decisão que a gente tem que deixar claro que é uma decisão do presidente Lula", disse.

"E nós aí vamos ter que trabalhar o quê? Para trocar de presidente, porque esse presidente não está servindo ao interesse dos brasileiros. O interesse dos brasileiros não se confunde com o interesse do Alexandre de Moraes", finalizou Eduardo Bolsonaro

PGR pede abertura de inquérito para investigar Eduardo Bolsonaro por atuação nos EUA:

Entenda o caso

Nesta segunda-feira, 26, a PGR pediu ao Supremo Tribunal Federal a abertura de um inquérito contra Eduardo Bolsonaro. A promotoria quer a apuração do comportamento do deputado após ele ter se licenciado do cargo para viver nos Estados Unidos, no que ele chamou de 'autoexílio'.

O requerimento considera que é preciso investigar as ameaças de Eduardo contra o Poder Judiciário brasileiro.

O documento cita publicações e falas públicas do filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que teriam o objetivo de "embaraçar o andamento do julgamento técnico" do qual seu pai é alvo na Justiça.

"Em tudo também se nota a motivação retaliatória, que se acena como advertência para autoridades da Polícia Federal, da Procuradoria-Geral da República e do Supremo Tribunal Federal, de que não apenas elas próprias, mas também os seus familiares, estão sob ameaça. A ameaça consiste na perspectiva de inflição de medidas punitivas pelo governo norte-americano, que o sr. Eduardo, apresentando-se como junto a ele particularmente influente, diz haver conseguido motivar, concatenar, desenvolver e aprovar em diversas instâncias", afirma trecho do requerimento.

Segundo a PGR, Eduardo Bolsonaro tem afirmado que tais punições do governo norte-americano estariam prontas para serem implementadas contra autoridades que investigam a ele próprio, seu pai e correligionários.

"O progresso na consecução dessa trama é noticiado pelo Sr. Bolsonaro nas suas redes sociais com desataviada expressão de júbilo e elação", complementa o pedido. "É dado intuir dessas providências, a que o sr. Eduardo Bolsonaro se dedica com denodada diligência, o intuito de impedir, com a ameaça, o funcionamento pleno dos poderes constitucionais do mais alto tribunal do Poder Judiciário, da Polícia Federal e da cúpula do Ministério Público Federal, com isso atentando contra a normalidade do Estado democrático de direito".

O requerimento chama as medidas que Eduardo Bolsonaro diz que serão adotadas contra autoridades brasileiras de "morte civil internacional".

O procurador-geral da República, Paulo Gonet
O procurador-geral da República, Paulo Gonet
Foto: Wilton Junior/Estadão / Estadão

Na semana ada, inclusive, o secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, afirmou que "há uma grande possibilidade" de o ministro Alexandre de Moraes, do STF, seja alvo de sanções por parte do governo de Donald Trump.

A declaração ocorreu durante depoimento de Rubio à Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados americana. Uma das sanções seria a proibição da entrada de Moraes no país.

Audiências

Para embasar o pedido, a PGR cita ter recebido uma representação criminal do também deputado Lindbergh Farias (PT-RJ) sobre a atuação de Eduardo Bolsonaro nos EUA. Ao STF, a PGR pede, então, que Lindbergh seja ouvido pela Polícia Federal para a apresentação de documentos relevantes sobre o caso.

Além disso, quer que a PF realize o monitoramento e a preservação dos conteúdos publicados por Eduardo Bolsonaro nas redes sociais e colha o depoimento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), citado como possível responsável financeiro pela permanência de Eduardo nos EUA.

Por fim, a PGR pede que o próprio Eduardo Bolsonaro seja ouvido pela PF, mesmo estando fora do território nacional.

Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que se licenciou do cargo de deputado federal para ficar nos EUA, disse que se inspira em Trump para reverter situação do bolsonarismo no Brasil
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Foto: Bruno Spada/Agência Câmara / Estadão
Fonte: Redação Terra
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