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Carta aberta emociona familiares e amigos após feminicídio em Gravataí 1b6xf

Em meio à dor, familiares e amigos da jovem, carinhosamente chamada de Duda, divulgaram uma carta aberta escrita em primeira pessoa para manter viva sua memória e clamar por justiça 33bc

27 mai 2025 - 21h06
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Maria Eduarda Duarte Costa, de 21 anos, foi encontrada morta no último sábado (24), em sua casa no bairro Vila Imperial, em Gravataí, com sinais de asfixia e violência. O principal suspeito do crime é o companheiro da vítima, que tentou fugir para São Paulo, mas foi localizado e preso em Goiânia, na casa de uma irmã, após uma operação conjunta da Polícia Civil. t734

Foto: Reprodução / Porto Alegre 24 horas

Segundo familiares, o homem era extremamente ciumento e havia recentemente reatado o relacionamento com Maria Eduarda, ando a morar com ela. Inicialmente, cogitou-se a hipótese de suicídio, mas o desaparecimento do namorado e indícios colhidos durante a investigação levaram à suspeita de feminicídio. Ele foi preso e responderá pelo crime, enquanto a polícia segue aprofundando as apurações.

Em meio à dor, familiares e amigos da jovem, carinhosamente chamada de Duda, divulgaram uma carta aberta escrita em primeira pessoa para manter viva sua memória e clamar por justiça. A mobilização nas redes sociais reforça o pedido para que o crime não caia no esquecimento e que sirva como alerta para casos de violência contra mulheres.

Leia a carta na íntegra

"

Oi… aqui é a Duda.

Talvez você me conheça como Maria Eduarda Duarte Costa. Talvez só tenha cruzado comigo uma vez. Mas se você já dividiu um sorriso, um bom dia, ou até mesmo um silêncio ao meu lado, você sabe: eu era feita de amor.

Fui intensa desde sempre. Quando eu amava, era com tudo. Quando sonhava, era alto. Quando ria, ria com o corpo todo. Tinha pressa de viver, como se soubesse que meu tempo aqui seria curto demais.
Quem me conheceu de verdade sabe: eu era daquelas que se emocionava com as pequenas conquistas da vida. Recentemente, tirei minha habilitação de moto — e nossa, como eu vibrei! Cheguei em casa saltitante, com o papel nas mãos, gritando: "MÃE, EU CONSEGUI!"
Para muitos, pode parecer pouco. Para mim, era o início da liberdade, da independência, da realização. Eu queria estudar, trabalhar, crescer, viajar, cuidar da minha família. Sonhava com uma vida plena, cheia de significado.
Sempre fui carinhosa, amiga, daquelas que abraçam forte. Amava os animais — eles sentem a energia da gente, e com eles eu era inteira. Onde eu ava, deixava um rastro de gentileza. Eu era da paz, do acolhimento, daquelas que preferem resolver tudo com conversa, com empatia, com escuta.
Mas tudo isso foi tirado de mim.
Fui assassinada.
Não tive chance de me defender. Fui vítima de um ato brutal, covarde, cometido por quem dizia me amar. Não. Um assassino. Ele não apenas tirou minha vida — ele tentou calar a minha história, meus planos, minha intensidade. Mas não vai conseguir.
Porque agora, eu sou voz na luta por justiça.
Eu sou a saudade que grita no coração da minha mãe.
Sou os abraços que não dei.
Sou os sonhos que ficaram no meio do caminho.
Por isso, eu te peço: não se cale por mim.
Se você me conheceu, me viu crescer, ouviu minha risada, ou simplesmente se comove com a minha história, compartilhe esse pedido de justiça. Quero acreditar que estão investigando. Minha família está de luto, sim, mas também está de pé, clamando para que esse crime não e impune.
Não deixem minha história ser esquecida.
Guardem o meu nome com carinho, mas lutem com coragem.
Justiça por Maria Eduarda Duarte Costa"
Porto Alegre 24 horas
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