Pai de santo é baleado em ataque religioso em Mauá: 'Me sinto usurpado do meu direito de exercer minha fé' 1w1j48
Suspeito foi preso em flagrante; vítima ou por cirurgia e deve ser operada novamente 55413a
O pai de santo Leandro Teixeira dos Santos, conhecido como Leandro de Oyá, foi baleado no último sábado, 17, no bairro Parque São Vicente, em Mauá, na Grande São Paulo, em um ataque que, segundo ele, teve motivação religiosa. Vestido com trajes tradicionais do candomblé após um rito, Leandro caminhava pela rua quando foi alvejado por seis disparos. s4p2s
"Eu me sinto extremamente agredido. Me sinto extremamente usurpado do meu direito de exercer aquilo de mais precioso na minha vida", declarou o líder religioso em vídeo postado nas redes sociais.
O pai de santo relatou que o agressor, um homem de 27 anos, chegou a voltar para casa antes de pegar a arma e retornar para atirar. "Não foi por nada. A pessoa voltou para casa para depois pegar a arma e depois atirar em mim. E eu não fiz nada para a pessoa, só estava vestido com minhas roupas de candomblé."
Leandro foi socorrido e levado ao Hospital Nardini, onde ou por cirurgia. Ele deve ar por um novo procedimento nos próximos dias, segundo informou em suas redes sociais.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP), o suspeito foi preso em flagrante na madrugada de sábado. Em nota, a pasta informou que policiais militares foram acionados para atender uma ocorrência de disparo de arma de fogo e, no local, encontraram a vítima ferida. O agressor foi localizado em seguida, confessou o crime e teve a arma apreendida.
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O caso foi registrado no 1º Distrito Policial de Mauá como posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso , lesão corporal e injúria racial.
A violência gerou comoção na comunidade. "Ele estava caminhando pelo bairro dele, no bairro onde mora. Há 40 anos que ele cuida das pessoas lá. É gravíssimo. É assustador. Não podemos mais andar nas ruas. Não vou poder mais ficar usando meus fios de conta. Não vou poder mais expor minha fé, minha religiosidade. É gravíssimo. Estamos assustados", disse o professor Sidnei Barreto Nogueira em vídeo ao lado do Leandro.
O Terra tenta contato com Leandro para mais informações.
