BC prega cautela e não indica previsão de aumento da Selic na próxima reunião do Copom 2w72
A ata do Copom mostra que deve haver uma desaceleração econômica nos próximos meses, junto com o arrefecimento do mercado de trabalho 5k725
O Banco Central prevê desaceleração econômica e aumento do desemprego nos próximos meses, enquanto o Copom adota cautela sobre possíveis novos ajustes na taxa Selic devido à incerteza econômica.
Como parte da política monetária contracionista, o Banco Central espera que haja uma desaceleração da economia e o arrefecimento do mercado de trabalho brasileiro nos próximos meses. A avaliação foi divulgada na ata do Comitê de Política Monetária (Copom), nesta terça-feira, 13; na semana ada, o comitê havia decidido elevar a taxa básica de juros para 14,75% ao ano. 6k3a51
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O comitê justificou que com "a redução expressiva da taxa de desemprego para níveis historicamente muito baixos, o mercado de trabalho tem dado bastante e ao consumo e à renda". Ou seja, pressionando a inflação.
No trimestre encerrado em março, a taxa de desemprego subiu para 7% frente a 6,2%, registrado no trimestre anterior. Ainda assim, foi a menor taxa de desocupação em um trimestre encerrado em março em toda a série histórica da PNAD Contínua, iniciada em 2012.
Para os analistas do Banco Central, o desemprego deve crescer nas próximas análises. "Ressaltou-se que a inflexão no mercado de trabalho também é parte do mecanismo de política monetária e deve se aprofundar ao longo do tempo, de modo compatível com um cenário de política monetária restritiva", diz a ata do Copom.
Com relação às próximas reuniões do comitê, diferentemente do que ocorreu em atas anteriores, não foi dada uma expectativa de um novo aumento. Dessa vez, o Copom avalia que o cenário é de elevada incerteza, considerando tanto os resultados da política fiscal interna quanto os da política comercial externa, principalmente influenciada pelos Estados Unidos.
Os economistas do Copom afirmam que, por enquanto, não é possível saber ao certo o efeito da política econômica do então presidente dos EUA, Donald Trump, no cenário interno.
Tendo isso em mente, o comitê avalia que é preciso maior cautela durante a próxima reunião e preferiu não prever se haverá e de quanto seria um novo aumento da Selic.