Tom Morello apoia Bruce Springsteen e manda Donald Trump se f* 6r1b1c
Músico usou show em festival para criticar o autoritarismo, condenar políticas de imigração do governo e apresentar covers de The Boss e Woody Guthrie 233q1t
Quando Tom Morello, do Rage Against the Machine, subiu ao palco do Boston Calling Music Festival na noite do último domingo, 25, seu show solo veio com uma mensagem contundente. 4k2720
No telão atrás dele, um gráfico reunia cerca de duas dezenas de bottons com dizeres como "F#d@-se Trump", chamando o então presidente de "tirano" e se referindo a ele como o "Hater in Chief" ("Chefe do Ódio"). Ao se dirigir ao público, Morello declarou: "Bem-vindos, irmãos e irmãs, ao último grande evento antes de nos jogarem na cadeia".
Morello aproveitou a apresentação para se unir à legião de músicos que apoiavam Bruce Springsteen em seu recente confronto com Donald Trump. O artista disse:
"Bruce está enfrentando o Trump porque Bruce, a vida inteira, defendeu a verdade, a justiça, a democracia e a igualdade. E o Trump está bravo com ele porque o Bruce atrai mais público. F#d@-se esse cara."
Em sinal de solidariedade, o guitarrista tocou uma versão de "The Ghost of Tom Joad", de Springsteen.
Em outro momento do show, Tom Morello apresentou "This Land Is Your Land", de Woody Guthrie — uma música que aprendeu na terceira série, apenas para descobrir mais tarde que as partes mais essenciais da letra haviam sido removidas da versão que conhecia. O músico afirmou:
"É uma canção linda, mas censuraram todos os versos que explicam do que ela realmente trata. Essa é uma música revolucionária. Woody Guthrie sabia que a música podia ser algo elevado, unificador, transcendental; um escudo de defesa e uma arma de mudança. Os autoritários e bilionários acham que este país pertence a eles. Woody Guthrie sabia que esta terra é sua."
O relato de Morello sobre a canção ecoa declarações recentes de Neil Young em sua própria crítica a Donald Trump:
"Bruce e milhares de músicos acham que você está arruinando os Estados Unidos. Você se preocupa com isso, em vez das crianças morrendo em Gaza. Esse é o seu problema. Eu não tenho medo de você. E o resto de nós também não. Você está esquecendo qual é o seu verdadeiro trabalho. Você trabalha para nós."
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Morello não representa apenas os músicos nessa batalha. Durante o festival, também demonstrou apoio à sua alma mater, a Universidade Harvard — o evento acontece justamente no Harvard Athletic Complex. A prestigiada universidade entrou com um processo contra o Departamento de Segurança Interna, o Departamento de Estado e o Departamento de Justiça, em resposta à tentativa do governo Trump de impedir o ingresso de estudantes internacionais. No início do mês, o Departamento de Educação suspendeu todo o financiamento federal por meio de bolsas para Harvard, devido à recusa da instituição em ceder às exigências do governo.
O músico também destacou o curso gratuito We the People: Civic Engagement in a Constitutional Democracy, oferecido online pela Universidade Harvard. Morello explicou que o curso aborda "noções básicas sobre o governo dos EUA, compreensão da Constituição e como reconhecer uma tomada autoritária do seu país". Estudante exemplar, ele se formou em Harvard em 1986 com um diploma de bacharel em Ciência Política.
Em outro momento de sua apresentação, Morello virou a guitarra e revelou uma mensagem estampada na parte de trás: "Fuck I.C.E." (em referência ao Serviço de Imigração e Controle de Alfândega dos EUA). Desde que assumiu o cargo, o governo Trump foi diversas vezes acusado de descumprir ordens judiciais que garantem o devido processo legal a imigrantes — práticas que, em alguns casos, levaram até mesmo à detenção e deportação de cidadãos americanos.
"No retreat, baby. No surrender" ("Sem recuar, querida(o). Sem se render"), escreveu Morello no X (antigo Twitter), em referência ao seu show.
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