Ian McShane lembra papel histórico no faroeste 'Deadwood': 'Foi um presente' 3w3550
Ao 'Estadão', lendário ator britânico de 82 anos falou sobre a participação no seriado da HBO que marcou época na televisão americana 1f1b2
O britânico Ian McShane, nascido em Blackburn, na Inglaterra, começou a atuar nos anos 1960. Sua estreia nas telonas foi junto com John Hurt em Um Grito de Revolta (1962). Depois, estabeleceu carreira no teatro inglês e apareceu em programas de TV como Jesus de Nazaré, Wuthering Heights e Lovejoy, antes de atingir o estrelato com Deadwood (2004-2006), da HBO, série na qual interpretou por três temporadas Al Swearengen, polêmico proprietário do bar/prostíbulo de uma terra sem lei no Velho Oeste americano, em 1876. 2g86h
Pelo papel irreverente no faroeste de traços shakespearianos criado por David Milch, McShane ganhou o Globo de Ouro de Melhor Ator e foi indicado ao Emmy.
"Como qualquer ator britânico, a ideia de fazer um faroeste era um sonho. David Milch é um gênio. Ele escreveu NYPD Blue e muitos outros programas. Deadwood é realmente sobre a formação da América. Era o crescimento de uma cidade, como a América se tornou uma sociedade. A razão pela qual eu acho que era diferente é porque nunca se repetia, assim como a saga John Wick. Ao contrário de Os Mercenários, não desmerecendo, Os Mercenários 2, Os Mercenários 3 - todos eles são basicamente a mesma coisa", disse.
O artista também fez menção ao longa-metragem de 2019, Deadwood: O Filme, que amarrou as pontas soltas deixada pela série, cancelada abruptamente apesar de todo o sucesso comercial e crítico.
"Até mesmo o filme que fizemos há cinco anos, que foi 14 anos depois de terminarmos a série, não estava repetindo os personagens. Meu personagem tinha envelhecido, ficado frágil, não tinha mais o mesmo poder na cidade. Havia sempre uma ótima escrita por trás e isso é o poder de qualquer coisa. Deadwood foi um presente", finalizou.
